MANIFESTO AOS DEMOCRATAS: HADDAD É LULA e LULA É HADDAD
MANIFESTO AOS DEMOCRATAS: HADDAD É LULA e LULA É HADDAD
A importância deste abaixo-assinado
Pela vitória da resistência. Contra o Golpe. Eleições livres para um Brasil livre
O Brasil vive hoje um momento dramático, certamente o mais dramático desde o final da ditadura militar. Há quatro anos, inconformadas com a derrota eleitoral, as forças conservadoras de nossa sociedade utilizaram todos os recursos para anular esse resultado e provocar a paralisia do governo até levá-lo a um impeachment. Rapidamente começaram a mostrar seu verdadeiro objetivo: o governo de ocupação impôs grandes derrotas ao povo. Atropelou direitos civis e democráticos, aboliu direitos sociais, abortou o desenvolvimento econômico e solapou a soberania nacional.
Chegada a hora do julgamento popular, o que eles têm a mostrar é uma economia paralisada, com desemprego, inseguranças de todo tipo e o sentimento generalizado de ameaça a qualquer futuro promissor para o país. De resto, não se trata apenas do Brasil. Há sinais muito claros de estímulo externo a soluções de força em toda a América Latina, a começar pela Venezuela.
As forças conservadoras não têm o que oferecer aos cidadãos, conquistando apoio pelo voto. Agora, diante do derretimento das candidaturas "moderadas" da coligação golpista, esses interesses jogam todas as suas cartas em apoio ao que há de mais abjeto e perigoso no campo da política: uma candidatura não apenas conservadora, mas uma porta de entrada para um regime de terror, de ditadura com cores fascistas. Não apenas o capitão candidato, mas vários militares na ativa e na reserva têm indicado a preparação da opinião pública para uma saída fardada à crise política.
Nesta eleição existem muitos candidatos, mas apenas dois lados. O lado do golpe e o lado da resistência, que hoje abriga três candidaturas diferentes, mas uma trincheira em comum.
Coletivo de esquerda, de caráter suprapartidário, o Fórum 21 reitera o compromisso de empenhar-se pela unidade do campo democrático, seja qual for o candidato que o representará no segundo turno. Ainda que a maioria de seus integrantes tenha desde logo apoiado a chapa encabeçada por Fernando Haddad e Manuela D’Ávila. O que está em jogo, no momento, é mais do que uma presidência, é a própria sobrevivência de qualquer ambiente democrático.
Essa trincheira de unidade das forças de resistência precisa ter como objetivo grandes bandeiras de reconstrução do país:
- Revogação de todas as medidas antipovo do governo Temer. Chega de políticas de austeridade e desemprego para os debaixo e regalias para os de cima,
- Enfrentar o desmonte do Estado que tem devastado as políticas de educação e saúde, levando insegurança para os trabalhadores e suas famílias.
- Enfrentar a promoção do desenvolvimento e a redução das desigualdades, com a democratização da propriedade da terra, o acesso à moradia, à saúde, à educação e à segurança, em todas as suas dimensões.
- Retomar a soberania nacional sobre nossos recursos e nossos direitos. O petróleo é nosso, o Brasil é nosso. Chega de privatizar e desnacionalizar o patrimônio público.
- Colocar o Brasil de novo no cenário internacional, deixando a atitude de colônia submissa a que foi conduzida pela política externa vende-pátria do governo de ocupação.
Sob pena de serem engolidas pelo cerco conservador, as diferentes correntes progressistas estão quase condenadas a fomentar a organização de movimentos de base, nos locais de trabalho, nas escolas, movimentos sociais, comunidades. Não apenas para conquistar a presidência, mas para garantir um congresso responsável que apoie esse projeto. Não apenas para o combate eleitoral, mas para dar sustentação a mudanças políticas que o novo governo popular precisará implementar para desmontar o retrocesso já operado pelas forças do golpe. Um novo governo, que enfrente o estrago produzido pelo golpe e as ameaças já existentes de nova intervenção, precisa se apoiar na mobilização e no protagonismo popular. O Brasil tem que ser governado pelo voto e pela vontade do povo, não de ditadores, usem a farda dos generais, a toga dos juízes ou o monopólio da comunicação.
Agostinho Ramalho Marques Neto – Psicanalista e professor
Alexandre Hermes Dias de Andrade Santos - Jurista
Anivaldo Pereira Padilha – Presidente do Fórum 21
Aluisio Almeida Schumacher – Professor Ciências Sociais UNESP
Andrei Koerne – Professor de Ciência Politica da Unicamp
Antonio Carlos Lopes Granado – Economista
Antônio David - Doutor em Filosofia da USP
Antônio David Cattani – Vice-Diretor do Instituto Justiça Fiscal
Antonio Lassance – Cientista Polítco
Antonio Sergio Pires Miletto - Empresário
Arlete Moyses Rodrigues – Geógrafa Unicamp
Artur Machado Scavone - Jornalista
Aytan Sipahi - Médico
Benedito Tadeu César – Economista da UFRGS
Breno Altman - Jornalista
Bruno Konder Comparato – Cientista Político da UNIFESP
Candido Grzybowski – Sociólogo, Diretor do IBASE
Carlos Eduardo Fernandez da Silveira – Economia
Carlos Pinkusfeld Bastos – Economia da UFRJ
Carlos Roberto Tiburcio de Oliveira – Militante
Carol Proner – Professora de Direito da UFRJ
Cecilia Boal Thumim - Psicanalista
Celso Amorim – Embaixador
Chico Buarque de Holanda – Artista
Clemente Ganz Lucio – Sociólogo e Professor Universitário
Eder Bomfim Rodrigues - Jurista
Eduardo Fagnani – Professor de Economia da Unicamp
Elton Dias Xavier – Jurista
Eric Nepomuceno – Escritor
Ermínia Terezinha Menon Maricato – Arquitetura da USP
Fábio de Sá e Silva – Universidade de Oklahoma
Fábio Konder Comparato – Professor Emérito do Largo São Francisco
Fernando Gomes Morais – Escritor
Flavio Marinho - Jornalista e Dramaturgo
Flavio Scavasin – consultor e militante sócioambiental
Flavio Wolf Aguiar – Escritor, Jornalista e Professor da USP
Francisco Celso Calmon Ferreira da Silva - Jurista
Francisco César Pinto Fonseca – Cientista Político da FGV/SP
Giba Assis Brasil – cineasta e professor
Giorgio Romano - Professor da UFABC
Gisele Cittadino – Professora de Direito da PUC/RJ
Gisele Ricobom – Professora da UNILA e FND/UFR
Hamilton Pereira – Poeta
Helenita Sipahi - Médica
Igor Felippe – Jornalista e Militante político
Ione Gonçalves – Advogada
Jacques Távora Alfonsin - Advogado
Jean François Germain Tible – Professor de
Jessé de Souza – Sociólogo e professor universitário
Jessica Ailanda Dias da Silva – Advogada
João Feres Júnior - Diretor do IESP, UERJ
João Ricardo Dornelles - Jurista
Joaquim Calheiros Soriano - Militante
Joaquim Ernesto Palhares – Secretário Político do Fórum 21
Jorge Mattoso – Professor aposentado de Economia Unicamp
José Carlos Moreira da Silva Filho - Jurista
José Luiz Del Roio – Militante Político
José Sergio Gabrielli - Economista
Juliana Neuenschwander – Professora da UFRJ
Juliano Fiori - Escritor e Pesquisador
Ladislau Dowbor – Professor de Economia da PUC/SP
Larissa Ramina – Professora de direito da UFPR
Laura Tavares – Professora Universitária
Laurindo Leal Filho – ECA/USP
Léa Maria Reis - Jornalista
Leda Maria Paulani – Professora de Economia da USP
Leneide Duarte-Plon - Escritora e Jornalista
Leonardo Isaac Yarochewsky – Jurista e Professor
Leonardo Boff - Teólogo
Lidiane Soares Rodrigues – Professora de ciências Sociais da UFSCAR
Lincoln Secco – História da USP
Luciano Rollo Duarte – Jurista
Luís Carlos Moro - Jurista
Luiz Fernando Pacheco - Jurista
Luiz Gonzaga de Mello Belluzzo – Prof. de Economia da Unicamp/Facamp
Magda Barros Biavaschi – Desembargadora aposentada do TRT4
Manoel Cyrillo – Militante Político
Marcelo Cattoni de Oliveira – Professor da UFMG
Marcio Pochmann – Professor de Economia da Unicamp
Marcio Tenenbaum - Jurista
Maria Alice Vieira - Historiadora
Maria Arminda Nascimento - Socióloga
Maria da Conceição Tavares - Economista
Maria Inez Nassif – Jornalista
Maria Kopcak Granado – Professora aposentada
Maria Luiza Flores da Cunha Bierrenbach - Advogada
Maria Rita Garcia Loureiro Durand – Cientista Politica da FGV/SP
Maria Rita Kehl - Psicanalista
Maria Victória de Mesquita Benevides Soares – Sociologia da USP
Marilena Chauí - Professora Emérita de Filosofia da USP
Mauro Zilbovicius – Escola Politécnica da USP
Michel Plon, Psicanalista em Paris
Otaviano Augusto Marcondes Helene – Livre-docente em Física da USP
Pablo Gentili – Secretário Executivo CLACSO
Pablo Schwartz Frydman– USP
Paula Marcelino – Sociologia da USP
Paulo Kliass – Doutor em Economia Universidade de Paris
Pedro Paulo Zahluth Bastos – Professor de Economia da Unicamp
Pedro Rossi - Professor de Economia Unicamp
Prudente José Silveira Mello - Jurista
Reginaldo Carmello Correa de Moraes – Sociologia da Unicamp
Renata Tavares da Costa – Defensora Pública do Rio de Janeiro
Renato Afonso Thelet Gonçalves - Jurista
Renato Balbim – University Of California Irvine
Ricardo Guterman – Socioólogo
Ricardo Lodi - Jurista
Ricardo Musse – Sociologia da USP
Róber Iturriet Avila – Professor de Economia da UFRGS
Roberto A. R. de Aguiar – Jurista
Roberto Saturnino Braga – Presidente do Centro Celso Furtado
Rosa Maria Marques – Professora de Economia da PUC/SP
Rubem Murilo Leão Rêgo – Professor de Ciência Política da Unicamp
Samuel Pinheiro Guimarães – Embaixador
Sebastião Velasco e Cruz – Professor de Ciência Política da Unicamp
Sergio Graziano - Jurista
Silvio Angrisani Caccia Bava – Jornalista
Solange Reis - Pesquisadora do OPEU - Observatório de Política dos Estados Unidos
Tânia Maria Saraiva de Oliveira – Advogada
Tatiana Carlotti - Jornalista
Tarso Genro – Ex-Ministro de Lula e ex-Governador do RGSUL
Venício Lima – Professor Emérito da UNB
Vera Soares – pesquisadora feminista e Professora aposentada da USP
Vicente Carlos Y Pla Trevas - Sociólogo
Walquiria de Leão Rêgo – Prof. de Ciência Política da Unicamp
Walter Sorrentino – Direção Nacional do PCdoB
Wanja Carvalho – Advogada
Weida Zacaner - Advogada
_____________________________________________________________________
EN ESPAÑOL:
MANIFIESTO A LOS DEMÓCRATAS: HADDAD ES LULA y LULA ES HADDAD
Por la victoria de la resistencia, contra el golpe de Estado y por elecciones libres para un Brasil libre
En estos días Brasil vive uno de sus momentos más dramáticos, quizás el más dramático desde el final de la dictadura militar (1964-1985). Las fuerzas conservadoras de nuestra sociedad, inconformadas con la cuarta derrota electoral al hilo pasaron desde 2014 a intentar todas las maniobras posibles para revertir judicialmente el resultado, provocando una parálisis en el gobierno hasta llevarlo a la caída de Dilma Rousseff. Rápidamente, empezaron a mostrar su verdadero objetivo: el gobierno de facto impuso grandes derrotas al pueblo, atropello derechos civiles y democráticos, cortó derechos sociales, abortó el desarrollo económico y atentó contra la soberanía nacional.
Llegada la hora del juicio popular, lo que ellos tienen a presentar es una economía estancada, con cesantía, inseguridad de todo tipo y un sentimiento generalizado de amenaza a cualquier futuro esperanzador para el país. Además, no se trata solamente de Brasil. Hay señales muy claras del estímulo externo a soluciones de fuerza en toda América Latina, a comenzar por Venezuela.
Las fuerzas conservadoras no tienen qué ofrecer a los ciudadanos para conquistar apoyo mediante el voto. Por eso, ante el derretimiento de las candidaturas “moderadas” ligadas a la coalición golpista, esos intereses juegan todas as sus cartas en apoyo a lo que hay de más despreciable y peligroso en el campo de la política: una candidatura que responde solamente al conservadurismo de las élites y la derecha tradicional, pero también al posible inicio de un régimen de terror, de dictadura con colores fascistas. No nos referimos solamente al capitán candidato, sino que a varios militares activos y retirados, cuyas declaraciones recientes han servido para preparar la opinión pública para una salida militarizada a la crisis política que el país vive.
Hay muchos candidatos en estas elecciones, pero solamente dos lados. El lado del golpe y el lado de la resistencia, representado por tres candidaturas diferentes, pero una postura en común.
El colectivo de izquierda, de carácter multipartidario Fórum 21 reitera su compromiso de defender la unidad del campo democrático, sea cual sea el candidato que lo represente en segunda vuelta. Aunque la mayoría de sus integrantes esté apoyando la fórmula liderada por Fernando Haddad y Manuela D’Ávila, es importante resaltar que lo que está en juego en este momento es más que la Presidencia de la República: la lucha ahora es por la propia mantención del ambiente democrático.
En esa trinchera de unidad de las fuerzas de resistencia, hay que levantar las banderas de reconstrucción del país como los grandes objetivos:
– Revertir todas las medidas anti pueblo del gobierno de Temer, deshaciendo las políticas de austeridad y desempleo para los de abajo, mientras acepta todo el lobby de los de arriba,
– Enfrentar el desarme del Estado que tiene efectos terribles en la salud y educación, sobretodo de las clases sociales más bajas, además de traer inseguridad a los trabajadores y sus familias.
– Promover un desarrollo con reducción de las desigualdades, con democratización de la propiedad da tierra, el acceso a vivienda, salud, educación y seguridad en todas sus dimensiones.
– Retomar la soberanía nacional sobre nuestros recursos y derechos. El petróleo es nuestro, Brasil es un país de todos. No más privatizaciones y desnacionalizaciones del patrimonio público.
– Reconducir Brasil a la escena internacional, abandonando la posición de colonia sumisa adoptada por la política externa del gobierno de facto.
Ante el riesgo de que seamos tragados por la avanzada conservadora, las diferentes corrientes progresistas nos vemos condenadas a fomentar la organización de movimientos de base, en los locales de trabajo, en las escuelas, movimientos sociales, comunidades. No basta conquistar la Presidencia, hay que trabajar para garantizar un Legislativo más responsable, que apoye nuestro proyecto. No solamente por el combate electoral, sino que para dar sustento a los cambios políticos que el nuevo gobierno popular tendrá que implementar para desmontar el retroceso ya operado por las fuerzas del golpe. Un nuevo gobierno que enfrente los estragos producidos por el golpe y las amenazas ya existentes de una nueva intervención, y que necesita el apoyo de la movilización popular y del protagonismo de los movimientos sociales. Brasil tiene que ser gobernado por la voluntad del pueblo y no por dictadores de ningún tipo, ni los que visten fardas militares, ni los que usan martillos de jueces, ni los que mantienen el monopolio de los espacios mediáticos.